Os Aspones

O roteiro é da Fernanda Young e passei a prestar mais atenção nela, afinal, era a segunda série que ela fazia que me divertia bastante (Os Normais foi a primeira). A série conta a história de Tales, um funcionário público proativo e cheio de energia que, próximo de descobrir as picaretagens de seu chefe, é enviado por esse ao FMDO - Fichário Ministerial de Documentos Obrigatórios. Ali, ele quer continuar seu ativismo e implementar suas ideias.

Contudo, no FMDO não há nada a ser feito. Caio, Anete e Moira, que trabalham no lugar não têm serviço. Apenas batem ponto. Leda Maria, recém admitida por Caio, segue o chefe para o departamento e é ela quem descobre que não há serviço a ser feito.

ASPONES que dizer “Aspirantes de P*rra Nenhuma”. O FMDO é uma sigla interessante, a qual é atribuído outro significado pelos personagens: Falar Mal Dos Outros. Como não há nada a se fazer, o departamento é a central de notícias da vida pessoal dos servidores públicos de Brasília.

Além do estilo humorístico que já conhecia, gostei da escolha dos atores para os papéis. Todos com um perfeito timming para a comédia. Acrescente-se a crítica ao funcionalismo público, perfeita, uma realidade que precedia o programa e irá sucedê-lo por um bom tempo. Não sei se incomodou os funcionários públicos ou aqueles que transformam seu emprego em cabide para emprego de conhecidos. Fato é que essa série muito me marcou e precisava de uns cem episódios para poder brincar com todas as situações que acontecem nesse tipo de emprego.